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terça-feira, 8 de outubro de 2013
Deputado Popó quer criar CPI para Telexfree e Bbom
O deputado e ex-pugilista Acelino Freitas (PRB-BA), o Popó, quer criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre Marketing Multinível para investigar a atuação de empresas como Telexfree e Bbom, acusadas de praticarem pirâmide financeira.
A criação na semana passada de uma frente parlamentar sobre o tema pretende regulamentar a atuação de empresas que se classificam como de marketing multinível.
Nesse tipo de negócio, as empresas distribuem produtos e serviços por meio da indicação de colaboradores independentes, que recebem um bônus por isso. Já na pirâmide financeira, a empresa só ganha com a adesão de novos colaboradores.
"Quero abrir a CPI e investigar a fundo toda essa história. Teve gente que vendeu casa e tirou todo o dinheiro que tinha guardado para investir nesse tipo de negócio. Nosso maior objetivo é regulamentar e que as pessoas façam de uma maneira ordenada. As empresas também querem isso", disse o deputado.
O ex-pugilista afirma ainda que acredita que as pessoas que estão com dinheiro bloqueado devido as investigações de pirâmide financeira poderão ter o investimento de volta. "O objetivo é devolver aos investidores tudo aquilo que eles investiram", afirmou.
Para a criação da CPI, Popó precisa da assinatura de 171 deputados. Ele afirmou que irá começar a "correr atrás" nesta terça-feira (07), em Brasília.
"A promessa de dinheiro fácil e rápido convenceu muita gente a entrar nesse negócio. Queremos saber de onde vieram os carros importados e mansões dos cabeças dessas empresas", declarou.
Telexfree e Bbom são investigadas por formação de pirâmide
A Telexfree (Ympactus Comercial Ltda.) foi proibida de realizar novos cadastros de clientes (chamados de "divulgadores"), bem como está impedida de efetuar pagamentos aos clientes já cadastrados, até o julgamento final do caso, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.
A ação contra a Telexfree faz parte de uma força-tarefa conduzida pelos Ministérios Públicos federal e estaduais e que investiga indícios de pirâmides financeiras pelo país. Outro caso sendo investigado no momento é o da empresa BBom, que fornece rastreadores de veículos.
A prática de pirâmide financeira é proibida no Brasil e configura crime contra a economia popular (Lei 1.521/51). Com promessas de retorno expressivo em pouco tempo, os esquemas de pirâmide financeira são considerados ilegais porque só são vantajosos enquanto atraem novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.
Fonte: UOL Notícias
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